Oscar Wilde

“Eu represento todos os pecados que você nunca teve coragem de cometer.” Dorian Gray é um jovem de beleza deslumbrante que, ao admirar um retrato pintado por um artista, se torna obcecado pela própria imagem. Essa obsessão o leva a temer que sua essência e juventude se desvaneçam com o tempo. Em um desejo impulsivo, Dorian anseia que seu retrato envelheça enquanto ele permaneça eternamente jovem. Para sua surpresa, o desejo se realiza: ano após ano, apenas o retrato envelhece, carregando as marcas das vilezas de suas ações, enquanto sua aparência se mantém imutável.
No entanto, a troca de sua alma pela juventude começa a revelar um lado sombrio. À medida que Dorian se entrega a vícios e prazeres, ele se torna cada vez mais cruel e egoísta, enfrentando consequências devastadoras. Quando foi publicado, o livro desafiou os códigos morais da sociedade vitoriana, que valorizava a imagem pública e a aparência de virtude. A representação do retrato como um espelho da alma, refletindo os efeitos dos atos de Dorian, adiciona um elemento místico à intrincada trama e à prosa brilhante de Wilde, transformando a obra em um clássico universal e atemporal.